Ah, o chefe corporativo! Esse ser mítico que vive no habitat natural das salas de reunião, munido de um laptop aberto (sempre no Teams, nunca no trabalho). Ele não precisa de superpoderes, porque já domina duas habilidades incríveis: delegar tudo que não quer fazer e transformar qualquer problema numa oportunidade… pra você resolver.
O chefe corporativo é um poeta dos jargões. Ele não diz “vamos tentar outra abordagem”, ele solta um “precisamos pivotar nossa estratégia pra entregar resultados mais robustos”. E quando você acha que entendeu o que ele quer, lá vem ele com um “mas vamos dar um passo atrás pra garantir o alinhamento”. Resumo: ninguém sabe o que fazer, mas o cronograma continua apertado.
E aquele amor por PowerPoint? O chefe corporativo enxerga slides como arte. Quanto mais bullet points, mais impressionante. Uma apresentação de 50 páginas pra falar que o faturamento caiu? Com certeza. Só que, na hora de explicar pro cliente, ele diz: “Prepara um resumo aí pra mim, rapidinho.”
Reunião? É o playground dele. Ele aparece 15 minutos atrasado, diz que “estava em outra call importantíssima” e passa os próximos 45 minutos falando que “é crucial manter o senso de urgência”. Aí encerra com chave de ouro: “Gente, vocês têm isso até sexta-feira, né? Eu confio!” (Ele confia mesmo? Não, mas sexta-feira é problema seu.)
E o clássico “porta aberta”? Isso significa que ele está disponível… pra dar trabalho. Porque toda vez que você entra, sai de lá com uma lista nova de tarefas, uma meta impossível e um “vamos conversar na próxima semana pra acompanhar seu progresso”.
Mas o ápice do chefe corporativo é o feedback. Ele diz que você precisa “desenvolver habilidades estratégicas” ou “assumir mais protagonismo”, enquanto ele mesmo não sabe a diferença entre “revisão de texto” e “alteração de layout”. Ah, e se der tudo errado? Foi o time que “não se engajou”.
No final, o chefe corporativo é um artista: pinta cenários impossíveis, escreve roteiros de sonhos inalcançáveis e, no fim, te entrega o pincel pra resolver a bagunça.
E você, já recebeu aquele “parabéns pela dedicação” que não paga as horas extras? 👀
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